Os animais de estimação precisam de alguns cuidados especiais no Inverno. Eles sentem frio, mesmo possuindo pelos. E não estão imunes às doenças. Para amenizar os efeitos do frio é preciso rever alguns hábitos.
Vacinação regular e em dia, horários dos passeios em horários diferentes, cautela com os banhos e tosas e, eventualmente, utilização de ropinhas são algumas das soluções para protegê-los das ameaças típicas dessa época do ano.
Os animais também ficam mais suscetíveis às doenças respiratórias no inverno, como acontece com os humanos. A principal delas é a traqueobronquite infecciosa canina (popularmente conhecida como gripe canina ou tosse dos canis), doença que causa tosse seca como se o animal estivesse engasgado e pode ser associada a infecções virais e bacterianas. Já os gatos apresentam uma incidência maior de obstrução uretral, já que dormem mais e acabam ingerindo menos água no inverno.
Abrigar os animais em locais protegidos da variação do tempo como ventos, chuva e sereno, é o primeiro item da lista de cuidados que devem ser tomados durante os meses mais frios. A recomendação vale para pets de todas as faixas etárias. Se o animal dorme em uma área externa da casa é preciso que ele tenha sua casa ou canil.
Alguns cães e gatos mesmo tendo onde se abrigar preferem dormir ao relento. Mas se esse for o caso é preciso prender o animal, principalmente em dias chuvosos.
Os recém-nascidos devem ter atenção redobrada durante o frio. Todos os filhotes, até os dois meses de idade, ainda não têm uma capacidade eficiente de manter a temperatura corpórea e perdem calor facilmente. Por isso, dependem de abrigo e da energia fornecida pela alimentação, que deve ser oferecida até quatro vezes ao dia. No frio, a necessidade de energia aumenta e os animais que não recebem condições adequadas de alimentação e aquecimento podem acabar morrendo. Atitudes como manter a ninhada em local protegido, confinar em ambientes pequenos e aquecidos, forrar com panos embaixo e dentro da casinha ou caminha onde os pequeninos dormem, é uma atitude simples que mantém o aquecimento.
Os cães de idade avançada ou que sofrem com problemas osteoarticulares – artrose, calcificações na coluna e hérnia de disco – tendem a sentir mais dor nos dias frios. Estes, assim como os animais de pelagem curta devem ser agasalhados. É importante mantê-los aquecidos e as roupas podem ser grandes aliadas. Se o animal apresentar sintomas aparentes de dor, dificuldade de locomoção ou de se levantar pela manhã, agressividade e sensibilidade ao toque, o ideal é procurar um especialista para checar as possibilidades de medicação analgésica. Nunca dê remédios – nem humanos, nem específicos para animais – ao seu bicho sem consultar previamente um veterinário.
Aumentar a oferta de alimentos também está entre as dicas para ajudar o animal a passar pelo período sem tanto sofrimento. Se o animal não tiver tendência à obesidade ou ainda problemas decorrentes dela, aumente em 15 a 20% a oferta de alimento durante o frio. Troque também os horários de passeio nesta época do ano. Procure levar o animal para rua nos horários ainda quentes do dia e quando o sol ainda está presente, como no início da manhã ou final do dia e evite tirá-lo de casa quando estiver muito frio ou durante a noite.
Menos banhos e mais pelos
A rotina de banhos e tosas também merece algumas modificações. Aumentar o intervalo entre um banho e outro, escolher os locais protegidos e dias mais quentes para a limpeza, secar os animais com secadores e deixá-los com a pelagem mais comprida são atitudes que garantem o bem-estar dos bichos. Também é importante ter cuidados com o choque de temperaturas. Seja no banho, em casa ou no pet shop, mantenha o animal em um lugar protegido durante pelo menos 20 minutos depois da seção de secador. Isso evita que o organismo do animal fique vulnerável a doenças respiratórias.
Atchim: Pode ser gripe
Assim como os humanos, os cães também podem sofrer com problemas respiratórios nos meses de frio e ar seco. Causados por vírus ou bactérias, esses quadros apresentam sintomas semelhantes ao de qualquer resfriado – tosse, espirros, febre, falta de apetite e coriza – e são chamados de tosse dos canis ou traqueobronquite. Essas doenças podem ser causadas pelos vírus parainfluenza e adenovirus tipo 2, que não são transmissíveis ao homem e pela bactéria Bordetella bronchiseptica. Podem acontecer em qualquer época do ano, mas têm incidência aumentada durante o inverno, principalmente pelo ar mais seco e frio e aglomerações em hotéis e canis devido às viagens de férias.
Para prevenir, o ideal é manter a vacinação em dia. Além da vacina anti-rábica e da múltipla, que previne contra cinomose, hepatite, leptospirose, parvovirose, coronavirus e parainfluenza, os animais podem receber proteção contra a tosse dos canis anualmente. A prevenção pode ser feita a partir dos dois meses de vida. Existem duas opções de aplicação, a dose única intranasal, na qual o liquido é colocado dentro das narinas do animal, ou pelo método injetável, que deve ser feito em duas doses.
Sempre em alerta
Quando as temperaturas caem, as chuvas diminuem e os gramados e pastagens ficam mais secas, as populações de carrapatos aumentam consideravelmente e o risco de viver uma infestação torna-se maior. Além do incômodo e da coceira, os carrapatos trazem algumas doenças que podem ser letais para o animal de estimação e mesmo para o homem. Erlichiose, Babesiose e Doença de Lyme são as mais comuns entre os cães. Já entre o homem temos a Febre Maculosa que podem chegar até a sua casa com os carrapatos trazidos pelo seu cão depois de um passeio no campo, parque ou mesmo na pracinha mais perto de sua casa. Por isso é preciso manter a prevenção, aplicando produtos adequados tanto no animal quanto no ambiente.
Sabonete, shampoo, loção, spray, coleiras e pour-on, aquela pipeta que é colocada na nuca do animal, são algumas das opções que recheiam as prateleiras dos petshops prometendo prevenir o aparecimento de pulgas e carrapatos e eliminar os parasitas que possam existir. Entre todas essas opções consideram-se as coleiras, sprays e os pour-ons como os mais eficientes. A eficácia do produto depende muito do princípio ativo utilizado e da resistência a determinados produtos. É preciso estar atento porque muitos podem ser tóxicos.
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